Morrer feliz
Renato Kaufmann
Esse ano a Lucia passou o Natal com a mãe e vai passar o ano novo comigo. Ano passado foi o contrário. É justo, mas dá uma saudade enorme.
Aí a Lucia voltou de viagem, dizendo que tinha todas as cores do arco-íris de tanta saudade, que estava feliz que eu não fiz a barba (oi?) e passou uns 40 minutos correndo à minha volta, mostrando e contando coisas e dando abracinhos.
Foi tão gostoso que eu poderia morrer tranquilo em um momento desses – ainda que isso talvez fosse traumatizante para os sobreviventes.